quarta-feira, abril 27, 2005

Vivendo a esmo

Um pouco do meu pensamento de épocas atrás... Não me lembro bem, mas acho que foi feita na mesma época do poema no post anterior. Eu era niilista, derrotista, pessimista e tudo o mais, mas felizmente eu ERA.

Sou sofredor nato,
Vivo a esmo cambaleante entre dias e noites,
Tropeçando semanas,
Esbarrando nos meses.

Superlativando sentimentos meus,
Tresvariado coração.
Há tempo o temporal molha o chão,
Ababeladas gotas caindo do céu
Quais bombas de água.

O vendaval não desvanece,
Surge, definha, ressurge mais forte.
Abeirando o abismo
Lanço o meu olhar na profundidade incognoscível e obscura.
Não vejo nada além de sombras.

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