quarta-feira, maio 18, 2005

Entorpecido

[poema antigo]

Entorpecido

De onde vem esse anjo tão negro
tentando me devorar carne e espírito?
Essas setas bêbadas, sem rumo preciso
traspassam precisas meus pontos vitais.
Viver é um erro que eu não pude escolher.
Preferia não viver, mas vivo,
vivo não, sobrevivo,
que eu insisto em viver nesse castelo de nuvens
que me entorpece
e entorpece meu sorriso,
esse sorriso imutável, morto,
enterrado no antro das palavras não pronunciadas,
cobrindo a raiz dos meus sentimentos,
mentindo para pelo menos eu mesmo.
Estou viciado pelo teu abraço,
pelo teu sorriso, querida amiga,
sacia o meu quente anseio de te ver novamente,
meu ópio,
eu preciso de ti,
quando não estás perto eu sofro muito,
tremo, tenho crises compulsivas,
um desejo de correr para onde quer que estejas
e te dar um abraço,
pelo menos um abraço,
único momento onde todos os paradoxos se cruzam
e os efeitos de minha alergia à terra podem ser sanados
pelas tuas asas celestiais.

2 comentários:

Anônimo disse...

Poxa fiquei até com ciúmes dessa tua amiga, eheheheh.brincadeirinha ta? Escreve mais poesia!!!Tu realmente é bom nisso.

Anônimo disse...

Cara tuh eh bom hein!??!
hehehehe
Escreve maix...
bjuuuuuuu