Não queria ter
esse coração batendo,
esse sangue correndo
pelas veias.
Como tantos são frios
e essa frieza sinto até em amigos.
Coração não sente,
as peles perderam tato,
superfície grossa, solo arenoso e hostil.
Quisera não sentir mais nada,
não me sentir, não sentir os outros,
ignorar os que choram,
atropelar os inimigos em minha frente.
Hoje eu queria ser de granito,
ignorar o que é amar
porque amar, por mais sublime
fragiliza e machuca muito.
Muito.
Já me feri demais caindo de meus sonhos estratosféricos.
Eu sou terra, sou barro, telúrico.
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