quarta-feira, novembro 30, 2005

Rainha da Groelândia,
Dentro em teu peito um sol sidera.
Princesa do ártico, duquesa de Sibéria,
Teu frio é uma fina camada sobre a pele alva.
Dentro, sob o gelo
Acondiciona todo calor das estrelas,
Uma supernova acumulando tanto de si a ponto de eclodir.

Gostaria de descobrir
Todo carinho você dizer conservar.
Estourariam como uma explosão estelar
Num só momento vário?

Delicada, flor de espinhos aguçados,
Teus espinhos não são maldade, são proteção
De um fragilíssimo coração.
E os espinhos são parte desconsiderável de tua flor,
Tuas mãos são pétalas, macias pétalas pedindo um afago.

Gasto tanto tempo pra entender teu sorriso escondido,
Teu respirar mais profundo,
Teus olhos que nada expressam
Ou dizem muito, muito além
Do entendimento de minhas retinas leigas.

Um dia ainda abro todas as portas de aço,
Atravesso todos os cômodos mais sombrios
No mais abscôndito de você
Para resgatar a criança doce e serena.

Todas as brincadeiras bobas
São na verdade tentativas de emergir
Essa menina cândida.
Os arranhões nem são em você,
Sou eu rasgando o aço de tua blindagem,
Deixando uma marca em ti
Pra te afirmar sempre
Que penso em você.

Conheço teu sofrimento,
Te vejo guardar um coração dorido
Batendo sem fazer nenhum som.
Meus ouvidos aguardam tua boca,
Decifrar tua vida.
Meus óculos sempre atentos te seguem,
Para sorrir quando te vê feliz.
Os joelhos em oração pedem por você,
Para ver a luz do Pai em você.
Peço sempre para serdes amada,
Independe quem te acompanhe,
Sejas amada aqui e para sempre.

Um comentário:

Anônimo disse...

OI LI VARIAS VEZES E NAÕ ESTENDI
AMEI!!...MAS ACHO QUE NAÕ TEM NADA VER COM O QUE VC FALOU.
BJS TE AMOOOOOOOOOOOOOOO