Este poema é sobre alguém,
um substantivo feminino com nome próprio.
Por enquanto o chamo pelo pronome indefinido,
para se um dia tiver de esquecer
não haverá um nome para lembrar.
Escrevo de lápis
cogitando um dia ter de usar da borracha.
na memória não ficará.
Apaixonar, mais-que-efêmero dom,
mais-que-imperfeito verbo.
Amor, verbo defectivo em minha pessoa.
Estampo o rosto dela nas nuvens,
a desprezar desdenhoso
a fim de não doer.
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