quarta-feira, novembro 08, 2006

A rede e o regaço

Nesta tarde preguiçosa
não é preciso rede,
me encosto em teu colinho e fico,
o balanço da rede está em ti.

O ranger da rede no gancho,
aquele som que nina os ouvidos,
eu ouço nos tum-tum do teu coração
e no ronrom de minha gatinha.

O tecido de tua pele é macio,
diferente da fazenda que tecem as redes.

Quando tuas mãos acariciam meus cabelos,
(essas mãos tão gostosas em meu rosto)
percebo que nem preciso do vento.

A brisa do mar, carregada de gotinhas,
são teus beijos, úmidos e frescos.
O calor do sol é o meu calor em teu corpo.

Nesta tarde preguiçosa eu não preciso de nada mais,
eu só preciso de ti.

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