Tudo calmo,
o leviatã amansado
adormecido entre os dois pulmões.
Na serenidade que tava,
de repente esse verme [pois não o chamo amizade] ocupa um vão.
Não lhe pedi atenção
e me culpo pela atenção dada a quem não deveria.
Cavou adentro, inflamando,
invadindo os órgãos, lacerando peito.
Permiti-me hospedeiro
vulnerável ao seu consumo.
E, logo ao oferecer todas as chaves,
sai de fininho absurdamente insensível.
deixando uma lacuna.
Eu temia machucá-la,
acabei por sofrer muito mais do que ela,
caído no ridículo circo dos bobos que ainda teimam em amar.
Se não quis ficar, por que veio?
As palavras doces, o carinho e os beijinhos,
tudo que ela fez foi de mentirinha
como uma brincadeira de criança.
A criança nela desmontou-me
para brincar em suas infantilidades.
usando de meus ouvidos
para chorar ridículas lamentações vazias,
escorando seus medos e problemas.
"Nos meus sentimentos você é café com leite,
uma relação que não acrescentou
além de desdém e asco a essa tolice.
Vá para casa e se cuide, menina,
diga a quem inventou a paixão
para me deixar quieto,
meu caos em paz,
não me tire o sossego, apenas no momento certo.
E não se esqueça de dizer adeus
quando atravessar os portais do meu esquecimento"
3 comentários:
Io lindo !!Esse aí foi profundo.
adorei!!! Parece um pouco comigo.
bjs
Oi lindo !!Esse aí foi profundo.
adorei!!! Parece um pouco comigo.
bjs, que Deus continue abeçoando vc.
escreva mais poema,vc é muito bom.
OI guri ,demorei mas toh aqui ,adorei teu blog e esse poema é tudo de mais perfeito .
Vou respoder teu e-mail tah ????
Beijinhos ,te cuida
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