Quem é ela que passa
com seu vestido negro indecifrável,
vestido grosso por seu rude serviço,
poento da passagem do tempo.
Dela todos tentam escapar
apesar de sempre a encontrarem.
Seu manto cobre-lhe de discrição,
a fim de, no encalço da vida do homem,
furtivamente os segar.
Poderosa, os grandes homens a temaram.
Diante dela, homens feitos choraram feito criança.
Não há como fugir de suas mãos.
Alguns conseguiram escapar,
mas vingativa e impiedosa, no final sempre alcança sua vítima.
A saber: todos os vivos, você e eu.
Ela passa à minha frente ameaçadoramente,
algumas vezes senti seu frio,
outras vezes, em dias antigos, me embriaguei a desejando.
Todavia, agora a permito sem medo.
Derrotada e impotente,
o que lhe parece vitória, este é meu trunfo
devido ao precioso sangue, não o meu.
Se a morte me toma,
minha vida escapa entre seus dedos,
pode até tirar meu corpo, separá-lo do espírito,
mas a alma permanece a eternidade.
Todos os dias a confronto,
a tomo para mim,
vivo, me faço morrer
porquanto viver é viver em mim Cristo
e morrer é viver com Cristo.
Um comentário:
Meu Deus, sou tua fã cara, eles são mt lindos, mt mexmu!!!!
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