terça-feira, setembro 26, 2006

amor, s. m.

O amor é uma daquelas criaturas
Cujas enciclopédias em tempo algum ousaram catalogar,
O mais sábio sequer imaginou,
Passou longe.

O amor é um aventureiro das desventuras,
Encontrou na sorte um escudeiro
E aprendeu com [ou ensinou] a fênix
A sobreviver mesmo depois de morrer.

O amor é um pequeno aprendiz
Dentro de nosso peito.

O amor aprendeu o desvelo,
Aprendeu a fazer cafuné
E a sorrir feliz de uma forma que poucos sabem.


O amor aprendeu sozinho a tabuada,
Aprendeu a dividir antes da subtração
E a somar: um mais um,
Sempre um mais um.
E depois de aprender multiplicar, subtrair.
Na subtração, aprendeu a calar-se,
Recolher-se encolher e a pensar:
Um menos um é nada.

O amor aprendeu a fazer mágica.
Milagres, não ilusionismo;
Aprendeu a dar vida às vidas,
Acreditar que o impossível esconde sempre uma solução.

O amor aprender a sobreviver,
Passou por fomes de carências
E pelo desespero da perda.

Menino travesso,
Aprendeu a brincar com fogo,
Aprendeu a rir dos perigos,
Matou o medo da morte.
Ac cada desafio ficou mais forte.

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