Nasceu.
Morreu.
De súbito passou,
Pouco durou.
Tanto me havia,
Pouquíssimo sobrou.
Sondei-me e custo a entender,
Quem sabe o tempo diga
Onde ficou aquele amor todo.
Ao visitar meu coração,
Este não se mencionava no catálogo
O quê o furtou?
De qual forma metrificá-lo,
Aferir seu peso,
Considerar grandeza tangível?
Coração, recipiente furado,
Deixou escapar tudo,
Evaporou nossos planos,
Vazou as fotografias na cabeceira da cama.
A paixão desbotou inexoravelmente no tempo.
Pois como pode um amor imenso declarado
Ao invés de sublimar,
Tornar-se subliminar,
Imperceptível aos nossos sentidos?
Esse amor tem meia-vida curta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário