terça-feira, setembro 26, 2006

Irreal

Quando a mão passeia sobre a neve
E os dedinhos de seu pé tentam me beliscar,
Atravesso sua pele, afago seu coração.

Em seus olhos leio um prazer disfarçado,
Como se nada daquilo afetasse sua altivez.

Quando paro, oferece-me as mãos
Ou um carinho grosseiro
Pedindo a mim um pouco mais.

Eu aceitaria te fazer feliz
Se você me aceitasse.

Faria seus pezinhos caminharem
Sobre as nuvens mais altas.

A teria, apesar de meu desejo maior de mudá-la,
Infelizmente nossos olhos caminham por lugares diferentes.

O amor entre nós dois é irreal,
Real, porém surge vizinho ao instante de inexistir

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