segunda-feira, setembro 25, 2006

Olvido

[poema antigo]

Distância mais do que distante,
Incomensurável,
Longínqua, supramaterial,
A distância que não se mede com régua
E apenas o tempo dissolve,
Esquecer...
Redenção da alma presa à memória,
Recordar que não lembra de nada,
Esquecer que lembra de algo,
Esquecer que lembra dos sentimentos presos na mente por um fino barbante de tempo.
Anular grandes sentimentos
Que outrora foram sentidos.
Olvidar é fazer de conta que nada aconteceu,
É mentir para mim mesmo que algo surgiu na nossa vida,
Que num instante a vida era luz
Por alguém que eu amava.

Se nos trazem lágrimas as recordações,
Se o pranto ocorre nas recordações da pessoa amada,
O esquecimento é solidão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah! Adorei esse... taum linduh...
Hehehehe, impessionante como vc escreve bem... realmente um poeta!
;*****