terça-feira, outubro 24, 2006

Decifração

Quando olho para você,
tento decifrar seu rosto
mais indecifrável que Monalisa.

Extasiado feito um matemático
diante de um teorema intrigante
ou inseguro como quando um esquadrão anti-bombas
tenta desarmar algum explosivo,
assim sou eu na sucessão de seus rostos em sua página.

Confesso, sou inexperiente demais
pra saber se seus risos acolhem ou hostilizam.
Em teus olhinhos negros traduzo milhares de códigos,
contudo eles revelam e guardam segredos ao mesmo tempo.
Você diz que seu humor é misterioso
e sei que a lua é tanto sua conselheira quanto sua confidente.

Mas mesmo sem entender,
fico admirando em silêncio,
como na profusão de uma sinfonia.
Me permito entrar nesse enigma,
instigado por minha curiosidade em te descobrir.

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