segunda-feira, maio 07, 2007

A dona

No dia que vi meu amô
meus olhos se encheram de luz,
e não foi luz pouca, alumia mais que holofote,
foi a luz de Jesus;
luz que me incandeia todinho
e que sai dos seus olhinho.

Ela chegou assim, trazendo alegria imensa.
E tu me acha léso de num querê essas benquerença?
Ela é a dona que faz bumbar meu coração,
o dito cujo freva dentro da caixa do peito
que nem um folião.

Só ela tem as baqueta
pra fazer tum tum nesse tambor,
Não carece de muito, basta carinho e amor.

Só ela faz chovê nesse sertãozinho
e faz cair bem devagarinho
uma chuva maneira,
gostosa, adocicando o chão
aguando a terra inteira.

E os lábios dela, pintados de aquarela
rosas que nem uma flor
despeja xêrinhos a granel
doces, muito mais doces que o mel.

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